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OE2026: Carneiro diz que Governo tem "decidir se quer ficar no colo do Chega"

Secretário-geral do PS defende que cabe ao Governo decidir com quem quer negociar a viabilização do OE2026. Também não confirma nem afasta a possibilidade de ainda vir a pedir a demissão do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

OE2026: Carneiro diz que Governo tem "decidir se quer ficar no colo do Chega"
PAULO NOVAIS/Lusa

José Luís Carneiro, secretário-geral do PS, diz que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem de decidir se quer viabilizar o Orçamento do Estado com o Chega ou com o PS.

Em entrevista ao jornal Público e à Rádio Renascença, o secretário-geral do PS, lembra que é uma responsabilidade do Governo decidir com quem quer encontrar pontes para viabilizar o documento.

"Nós colocámos as nossas exigências, mas o Governo também não é obrigado a aprovar o Orçamento do Estado com o Partido Socialista", afirma.

Carneiro lembra ainda que o executivo de Luís Montenegro "não esperou pelo PS para aprovar as matérias relacionadas com a imigração" e resta saber como será com a Lei da Nacionalidade. Ainda assim, sublinha que o Governo fez "o seu próprio percurso".

"Agora, o Governo vai ter que decidir se quer ficar no colo do Chega ou se quer viabilizar a proposta do Orçamento do Estado com o contributo do Partido Socialista, mas essa responsabilidade é uma responsabilidade do Governo", argumentou o socialista.

Pedro Nuno Santos não é a "voz oficial" do PS

Sobre as recentes declarações de Pedro Nuno Santos sobre o Elevador da Glória, José Luís Carneiro considera que "como cidadão livre que é", tem vindo a expressar os seus pontos de vista, mas que estes não prejudicam o PS nas eleições autárquicas.

O secretário-geral explica que o "PS não é um partido monolítico nem autocrático", ou seja, os militantes - como é agora Pedro Nuno -, podem expressar as suas opiniões, mas a "voz oficial" é a do "secretário-geral e candidata à Câmara de Lisboa" que se articularam entre si "sobre as posições que serão assumidas".

Moedas é "responsável político"

José Luís Carneiro não confirma nem desmente é a determinação da culpa.a possibilidade de ainda vir a pedir demissão de Moedas na sequência do descarrilamento do Elevador da Glória, mas afirma que o presidente da Câmara é o "responsável político em relação a tudo o que se passa na sua cidade".

Ainda assim, sublinha que uma coisa é a responsabilidade política, outra é a "determinação da culpa".