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Ex-fuzileiro que matou PSP em 2022 absolvido de acusação de agredir GNR

Ministério Público acusava Cláudio Coimbra e o irmão de ofensa à integridade física qualificada a militar no chão. Tribunal apontou falhas à prova apresentada.

Ex-fuzileiro que matou PSP em 2022 absolvido de acusação de agredir GNR
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O ex-fuzileiro Cláudio Coimbra, condenado por matar um PSP à porta de uma discoteca em Lisboa em 2022, foi esta quarta-feira absolvido da acusação de agredir um GNR também na noite lisboeta.

Além de Cláudio Coimbra, de 26 anos, também o seu irmão, de 23, estava acusado em coautoria de um crime de ofensa à integridade física qualificada e foi também absolvido.

A acusação do Ministério Público indicava que os dois terão dado um murro e depois pontapeado na cabeça, já no chão, um militar fora de serviço, pelas 4h00 de 12 de novembro de 2021, dentro de uma discoteca no Cais de Sodré, em Lisboa.

No entanto, o tribunal apontou falhas à prova apresentada pelo Ministério Público.

"O Ministério Público não conseguiu recolher prova testemunhal de que foi o arguido Cláudio Coimbra a desferir o murro, ou até o arguido Artur Coimbra", admitiu a juíza durante a leitura da sentença que decorreu hoje no Juízo Local Criminal de Lisboa.

"O tribunal ficou com muitas dúvidas", acrescentou a juíza, que apontou ainda para a falta de imagens de videovigilância. Por isso, "os arguidos deverão ser absolvidos da prática" do crime de ofensa à integridade física.

Procurador considerou que ficou provada agressão

Nas alegações finais, que aconteceram na semana passada, o procurador José Manuel Figueiredo considerou que ficou provado que Cláudio Coimbra desferiu o soco que fez cair o guarda da GNR, não tendo ficado apurado quem o pontapeou já no chão.

O magistrado do Ministério Público sustentou a convicção quanto à culpa do ex-fuzileiro no testemunho de um dos amigos com quem a vítima se encontrava na discoteca, que identificou o arguido mais velho como autor do murro.

Já o advogado de Cláudio Coimbra desvalorizou a identificação, sublinhando que a testemunha só reconheceu o ex-fuzileiro depois de este ter surgido na televisão pelo homicídio, em 2022, do polícia Fábio Guerra.

Em relação ao segundo arguido, Artur Coimbra, o MP e a defesa - assegurada por Vanessa Carvalho - foram unânimes em pedir a absolvição.

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