Um estudo holandês analisou 20 garrafas de vinho do Porto Tawny de 10 e 20 anos e, conta o jornal Expresso, metade tinha menos tempo de envelhecimento do que o anunciado no rótulo. A entidade que certifica os vinhos do Porto em Portugal diz desconhecer este estudo.
As garrafas de vinho do Porto foram compradas aleatoriamente em lojas holandesas. O objetivo dos investigadores da universidade de Groningen era determinar a idade de materiais orgânicos através de uma técnica que utiliza carbono-14.
O jornal Expresso diz que a investigação concluiu que metade das garrafas tinha menos idade do que o indicado no rótulo.
Por exemplo, o vinho retirado de um Tawny de 10 anos da Real Companhia Velha, terá entre um a seis anos, com base nos valores encontrados no açúcar das uvas.
À SIC, a empresa afirma respeitar as leis e os regulamentos em vigor, refuta totalmente os resultados e questiona a fiabilidade do método usado no estudo.
Já o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) diz que não conhece o estudo mas garante que vai analisar os vinhos em causa. Ainda assim, esclarece que a idade dos Tawny presente nos rótulos não se refere ao ano da colheita.
A Autoridade de Segurança Alimentar dos Países Baixos considera, citado pelo Expresso, que se a informação no rótulo não corresponder ao tempo efetivo de maturação, então é enganador para os consumidores. E, por isso, já informou a ASAE, mas o IVDP diz que ainda não foi notificado.