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"Muitas pessoas com empregos absolutamente normais têm imensas dificuldades e não conseguem entrar no mercado da habitação"

No habitual espaço de análise da SIC Notícias, Ricardo Costa e Maria João Avillez comentam a Cimeira da Grande Lisboa, organizada pela SIC Notícias, que decorreu no Edifício Imprensa, em Paço de Arcos. Estiveram presentes vários autarcas e representantes de Câmaras Municipais, como Carlos Moedas, Isaltino Morais, Basílio Horta, Inês de Medeiros, Ricardo Leão e Nuno Piteira.

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A menos de três meses das próximas eleições autárquicas, a SIC Notícias reuniu os líderes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) para debater alguns dos seus principais desafios: habitação, segurança e transportes. A Cimeira da Grande Lisboa contou com a presença de Carlos Moedas (Lisboa), Isaltino Morais (Oeiras), Basílio Horta (Sintra), Inês de Medeiros (Almada), Ricardo Leão (Loures) e Nuno Piteira, vice-presidente de Cascais.

Maria João Avillez, que avaliou positivamente o debate sobre a habitação, afirmou ter ficado com uma "certeza irredutível": ou existe muito "mais do que um simples acordo entre partidos", ou há de facto um "plano de emergência muito bem estruturado", caso contrário, este tornar-se-á no "pior dos problemas" e poderá vir a ser o mais difícil de resolver.

Ricardo Costa, por sua vez, considera que as próximas eleições autárquicas, marcadas para 12 de outubro, têm como principal tema a habitação. O comentador da SIC recorda que, ao contrário da década de 1990, a questão da habitação já não está apenas associada à pobreza.

"Hoje, muitas pessoas, com empregos absolutamente normais, sejam sozinhas ou casadas, têm imensas dificuldades e não conseguem entrar no mercado de habitação. E outras pessoas, mais velhas, por alguma razão, ou não compraram casa própria, ou têm que vender uma casa, ficam fora do mercado, e isto é novo", reforça.

Sobre a polémica das demolições no Bairro do Talude e as declarações do autarca de Loures na cimeira organizada pela SIC Notícias, Ricardo Costa considera que a falha de Ricardo Leão foi ter permitido a construção de barracas ilegais naquele local.