O Ministério Público está a investigar uma rede que envolve altos quadros da Defesa, que alegadamente recebiam contrapartidas de dinheiro e de bens materiais em troca de adjudicações de contratos a empresas.
O processo, conhecido como ‘Tempestade Perfeita’, conta com três arguidos do Ministério da Defesa, mas as suspeitas estendem-se às Finanças.
Ao que a SIC apurou, a investigação tem mesmo escutas telefónica em que os suspeitos trocariam "notícias frescas" para prepararem a "dança das cadeiras" para lugares estratégicos.
Intitulavam-se de "Quarteto", com um gosto especial pelo património, mas para isso Jorge Seguro Sanches não poderia estar no Ministério da Defesa. Nas informações recolhidas chegam a ironizar que não havia maneira do ex-secretário de Estado falecer.
À Investigação SIC, o ex-secretário de Estado da Defesa Jorge Seguro Sanches pede consequências para os envolvidos e explica que houve outras situações em que pediu esclarecimentos.
A SIC apurou ainda que os contactos entre Alberto Coelho, Miguel Santos, Paulo Branco e Francisco Marques remontam, pelo menos, a 2019. Em dezembro desse ano, os quatro viajaram durante uma semana até Washington e Ohio, nos Estados Unidos, para avaliarem património.
Outra das ligações passava por Alberto Coelho a Marco Capitão Ferreira, o atual secretário de Estado da Defesa. A 25 de março de 2019, o ex-diretor adjudicou um contrato de assessoria técnica de mais de 61 mil euros para acompanhamento nos processos de negociações aos helicópteros EH-101. Nessa altura, Marco Capitão Ferreira era presidente da holding EMPORDEF, a atual IdD.