Pedro Nuno Santos

“Não acho que os portugueses estivessem zangados comigo”

Veja o último comentário de Pedro Nuno Santos na íntegra. Depois de ter anunciado a candidatura à liderança do PS, despede-se do espaço semanal na SIC Notícias com olhos postos no futuro do partido e do país.

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Pedro Nuno Santos despede-se do espaço de comentário semanal na SIC Notícias depois de anunciar a candidatura à liderança do PS, reconhecendo que o partido enfrenta um “momento difícil”.

No último comentário, esta segunda-feira, Pedro Nuno Santos diz acreditar que os portugueses “nunca estiveram zangados” consigo, mesmo depois da sua polémica saída do Governo.

“É uma despedida, estava a contar estar mais algum tempo no espaço de comentário, foram cinco programas muito interessantes e tenho pena de não poder continuar”, afirma.

Questionado sobre o futuro, garante que o PS é um “partido com uma grande vitalidade” e que vai ter que “mobilizar o povo para as mudanças necessárias”. Sublinha ainda que o partido trabalha apenas com um cenário de vitória nas legislativas, não clarificando se viabilizará um Governo minoritário do PSD caso o PS perca.

A relação com Lacerda Machado e o futuro de Costa

Pedro Nuno Santos revela ainda que a sua relação com Lacerda Machado - com quem trabalhou no dossier da TAP - “não era a melhor”.

“A minha relação com Lacerda Machado não era a melhor. Tivemos uma experiência de trabalho na TAP, mas seguiram-se caminhos diferentes. Não quero fazer nenhum juízo no quadro de um processo em curso”, diz.

Sobre o futuro de António Costa, nomeadamente no que diz respeito a uma candidatura à Presidência da República, considera que o primeiro-ministro demissionário, libertando-se do processo judicial, “estará livre como qualquer cidadão para o que entender”.

“Se sentir que tem condições para voltar à vida política ativa, não precisa do apoio de ninguém. As presidenciais não são candidaturas partidárias. Tenho um profundo respeito por António Costa e agradeço a oportunidade de governação”, acrescenta.

Como fica o IUC?

Num cenário de vitória do PS nas eleições de 10 de março com Pedro Nuno Santos como primeiro-ministro, estará o candidato disposto a deixar cair o polémico aumento do IUC?

“Não sou adepto da medida, mas o Orçamento é um conjunto de medidas. Não posso falar em nome do PS nem do grupo parlamentar, mas não terei capacidade de influenciar o voto mais do qualquer qualquer colega na Assembleia na República”, conclui.