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Espanha condena repressão das manifestações e violação dos direitos das mulheres no Irão

Os protestos pela morte de Mahsa Amini levaram o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha a convocar o embaixador do Irão.

Protesto em Itália pela morte da jovem Mahsa Amini
Protesto em Itália pela morte da jovem Mahsa Amini
Stefano Mazzola

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, José Manuel Albares, convocou, hoje, o embaixador do Irão a Madrid para condenar a repressão das manifestações e a violação dos direitos das mulheres.

O embaixador, Hassan Qashqavi, respondeu ao pedido de Albares e já esteve no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha, segundo noticia a agência de notícias EFE.

Na terça-feira, num comunicado, o Governo espanhol condenou a repressão violenta de manifestações pacíficas no Irão e pediu às autoridades iranianas para respeitarem e garantirem o direito de todos os cidadãos a expressar-se "livre e pacificamente".

Ressaltar que os protestos no Irão começaram a 16 de setembro, quando a iraniana Mahsa Amini, de 22 anos, morreu no hospital, três dias depois de ter sido detida pela chamada polícia de costumes por violar as regras do vestuário feminino que ditam que as mulheres não podem mostrar o cabelo em público.


Mahsa Amini
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Segundo um balanço feito pela agência de notícias iraniana Fars, cerca de 60 pessoas, entre manifestantes e membros das forças de segurança, morreram desde o início do movimento de protesto, que se espalhou por várias cidades iranianas.

As autoridades acrescentam que, desde o dia 16, foram detidos mais de 1.200 manifestantes, incluindo mulheres. Segundo a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, que tem sede em Oslo, na Noruega, o número de mortos nos protesto ascende a 76.