Está a ser testado nos Estados Unidos um novo medicamento para a leucemia mieloide aguda, um dos tipos mais graves e comuns da doença.
O fármaco experimental passou a primeira de quatro fases nos ensaios clínicos e conseguiu a remissão completa em alguns doentes. O medicamento, testado entre novembro de 2019 e março de 2022 em 60 pacientes, levou ao desaparecimento dos sinais cancerígenos em 18 pessoas.
O revumenibe consegue travar uma proteína que facilita o progresso de dois subtipos genéticos da leucemia.
Os resultados foram divulgados na revista Nature, e a comunidade científica está otimista, mas sublinha que não significa uma cura definitiva.
“Dificilmente levará à cura. A partir do momento que os doentes respondem a este fármaco consideramos que a doença está controlada e isso permite que mais doentes possam ser submetidos ao transplante de medula óssea e ficarem curados”, explica o diretor do serviço onco-hematologia do IPO do Porto.
Apesar disso, a investigação tem ainda um longo caminho pela frente. O novo medicamento terá que passar por mais ensaios clínicos e ser testado em milhares de pessoas até ter autorização para ser comercializado.
Os investigadores do ensaio acreditam que este fármaco pode vir a ajudar cerca de 400 mil pacientes.