O que está o país a fazer para recuperar os atrasos na oncologia?

José Fernandes
Houve 100 mil diagnósticos de cancro a menos em 2020 e menos 400 mil rastreios: esta é a estimativa. Especialistas dizem que o impacto dos atrasos se vai notar nos próximos 3 a 5 anos.
A falta de referenciação dos cuidados de saúde primários ( recursos humanos estão focados na vacinação contra a covid-19, por exemplo ) aliada ao medo dos doentes em contrair o vírus, levam a diagnósticos tardios.
Especialistas em oncologia não notam que a sua atividade tenha diminuído, mas notam que, de facto, os doentes lhes estão a chegar com doença em estadios mais avançados. No Hospital de Santa Maria, só este ano, houve um aumento de 40% de casos de cancro da mama em estado avançado;
Para fazer frente aos atrasos e condicionantes da pandemia surgiram novas metodologias: as teleconsultas no SNS dispararam com a pandemia e abril foram mais de 138 mil (passaram de 15.000 em abril do ano passado para mais de 138.000 no mesmo mês deste ano ).
O que está a ser feito para recuperar estes atrasos? Como garantir o acesso a consultas e tratamentos a toda a população? Será que ainda vamos a tempo de recuperar? Estas são algumas das respostas que o próximo "Vamos falar" procura obter. Para isso, o Tenho Cancro. E depois? convidou o diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria para uma sessão de esclarecimento que será moderada pela jornalista da Sic Notícias, Rita Neves.
Especialista convidado
- Luís Costa, diretor do serviço de oncologia do Hospital de Santa Maria
Quando, onde e a que horas?
Dia 16 de junho, às 18h15, no Facebook da Sic Notícias
Como posso ver e fazer perguntas aos especialistas?
Simples, basta clicar AQUI
15 junho 2021
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