Ricardo Costa destaca a reação de Fernando Medina à Operação Marquês, dizendo "foi o primeiro (dirigente socialista) a fazê-lo e bem" e fala no "cordão sanitário" criado pelo PS à volta do processo: "fez bem em fazê-lo desde essa altura."
No Primeiro Jornal, diz que o que aconteceu na sexta-feira foi "gravíssimo". Ou seja, o mesmo juiz que destruiu a estrutura da Operação Marquês disse que o ex-primeiro-ministro José Sócrates se deixou corromper enquanto primeiro-ministro.
Para Ricardo Costa, o "discurso de vitória" de Sócrates, após a decisão instrutória, é "completamente absurdo" e diz mesmo que o ex-dirigente está a tentar ser o Lula da Silva português: "Não faz sentido, os casos não têm nada a ver."
Afirma ainda que Sócrates, nesta fase, não tem condições para ser candidato "de coisa nenhuma".
"Sócrates não ganha uma eleição nem para administrador do condomínio."
Ricardo Costa considera que a desconfiança política é tão grande, neste momento, que qualquer ambição política da parte de Sócrates se torna "absurda".
"Ivo Rosa acabou por fazer um favor. Apesar de o processo ainda durar muitos anos, dizer cabalmente que estamos a falar de um ex-primeiro-ministro que foi corrupto enquanto era primeiro-ministro... isso dá cabo de qualquer coisa que possa haver do ponto de vista político num futuro próximo."