Boko Haram

Presidente da Nigéria diz que rapto das 200 raparigas é início do fim do terrorismo no país

O Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, afirmou hoje que o rapto de mais de 200 raparigas pelo grupo islamita Boko Haram marcará o início do fim do terrorismo no país. 

Goodluck Jonathan, Presidente da Nigéria (Arquivo Reuters)
© Afolabi Sotunde / Reuters

"Acredito que o rapto destas meninas será o princípio do fim do terror  na Nigéria", disse Jonathan aos participantes do Fórum Económico Mundial,  agradecendo ao Reino Unido, à China, à França e aos EUA pelas suas ofertas  de ajuda para resgatar as reféns. 

As quatro potências mundiais ofereceram diferentes níveis de ajuda especializada  para procurar as raparigas, cujo rapto conjunto a 14 de abril em Chibok,  nordeste do estado de Borno, motivou uma onda de indignação global. 

A declaração de Jonathan ecoa as palavras do presidente norte-americano,  Barack Obama, que esta semana afirmou que os raptos de Chibok "poderão ser  o acontecimento que ajuda a mobilizar a comunidade internacional para finalmente  fazer alguma coisa contra esta horrenda organização". 

Jonathan esperava que a realização do Fórum Económico Mundial mostrasse  o progresso económico da Nigéria e a sua subida ao lugar de primeira economia  africana, mas os media continuam focados na  questão Boko Haram.  

O último ataque daquele grupo islamita matou centenas de pessoas esta  semana em Gamboru Ngala, no nordeste do país.  

Hoje, Jonathan agradeceu aos mais de mil delegados que viajaram desde  70 países para participarem no Fórum na capital da Nigéria, que só no último  mês foi alvo de dois ataques com viaturas armadilhadas pelo Boko Haram.

"Estão a ajudar-nos a ganhar a guerra contra o terror. Se tivessem recusado  vir por medo, os terroristas teriam rejubilado", disse. 

A primeira sessão plenária da cimeira começou com um minuto de silêncio  para exprimir "solidariedade e sentimentos para com as vítimas e as famílias",  mas também na esperança de que "as meninas raptadas voltem depressa para  casa", disse o fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab.  

      Lusa