De acordo com o comunicado do Escritório de Imprensa e Informação da Guiné Equatorial, a doação pontual da OMS ao Ministério da Saúde e Bem-Estar Social aconteceu na sexta-feira e consiste em roupas especiais, botas de água, luvas, máscaras, óculos de proteção, avental e material diverso descartável, entre outros.
O ato de doação contou com a presença do ministro da Saúde, Diosdado Vicente Nsue Milang.
O ministro agradeceu à OMS pela doação e revelou que começou a chegar material específico adquirido pelo próprio Governo da Guiné Equatorial para a prevenção da doença.
O material comprado pelo Governo consiste em duas ambulâncias para a transferência de possíveis pacientes, duas câmaras termográficas para os aeroportos internacionais de Malabo e Bata, que servirão para detetar se o enfermo teve febre 72 horas antes, e termómetros laser para todas as fronteiras do país.
Realizou-se também, de acordo com a nota, a compra de mais material de proteção em grandes quantidades e oito hospitais ambulatórios.
Segundo o comunicado, todo este material terá custado ao Governo da Guiné Equatorial mais de 600 milhões de francos (914 mil euros), segundo fontes do Ministério da Saúde, que já está a trabalhar na formação de pessoal para este programa de prevenção.
Durante o seu discurso, o ministro Nsue Milang recordou que, tanto em Malabo como em Bata, já existem quartos de isolamento para possíveis casos de Ébola.
Desde a deteção do surto, no início de março -- o início da epidemia terá sido em dezembro de 2013 -, quatro países da África Ocidental foram atingidos, Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
A OMS está ainda por confirmar casos de Ébola na República Democrática do Congo.
A Guiné-Equatorial fica muito próxima destes países, fazendo nomeadamente fronteira com a Nigéria.
Atualmente, o balanço de mortos devido ao vírus Ébola é de 1427 casos, além dos 2615 infetados.
No entanto, a OMS reconhece que esta estatística não reflete a realidade e subestima a dimensão do surto pelo que está a tentar obter números mais próximos do que realmente ocorre.
Lusa