O ministro das Finanças, João Leão, espera que o plano de recuperação português seja um dos primeiros a ser aprovado e volta a pressionar a Comissão Europeia para se despachar a avaliar o documento. Do primeiro dia de reunião dos ministros das Finanças, que acontece em Lisboa, sai ainda um consenso de que é preciso manter as regras do défice e da dívida suspensa mais um ano.
O reencontro em Lisboa é um reflexo de uma União Europeia que começa a levantar as restrições e que olha com mais otimismo para a recuperação económica. João Leão fala mesmo na possibilidade de a economia portuguesa crescer 5% este ano – em vez dos 4% previstos.
Com os olhos postos na bazuca europeia, o ministro português gostava de ver os primeiros planos de recuperação a serem aprovados pelos ministros das Finanças já em junto – antes do final da Presidência portuguesa. É um objetivo que pode ser difícil de cumprir, a não ser que a Comissão acelere a avaliação.
No Centro Cultural de Belém, João Leão conduziu o encontro. Uma reunião que serviu para trocar ideias, alinhar medidas, dar balanço à retoma e pôr a economia europeia num lugar ao sol. Mas, para além da ambição, há também avisos de que a retoma pode não chegar para todos.