"Tanto no que diz respeito ao primeiro caso - as sanções norte-americanas -, como ao segundo caso - a introdução de vistos (para russos) na Ucrânia -, penso que, para já, devemos afastar medidas recíprocas", disse Putin, numa reunião do conselho de segurança russo, citado por agências internacionais.
A Rússia publicou esta semana uma lista de nove políticos norte-americanos alvo de sanções russas, medida decidida em represália de um primeiro conjunto de sanções aprovadas pelos Estados Unidos em resposta à anexação da península ucraniana da Crimeia.
Sobre as novas sanções norte-americanas, contra o banco Rossia e personalidades russas, o Presidente russo ironizou afirmando que vai abrir uma conta no banco.
"Penso que se trata de um banco médio. Pessoalmente não tenho conta lá, mas na segunda-feira vou abrir uma", disse Putin.
Na reunião do conselho de segurança russo participaram algumas das personalidades visadas pelas sanções, como o chefe de gabinete do Presidente, Serguei Ivanov, e o presidente da câmara baixa do parlamento, Serguei Narishkin.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, ampliou na quinta-feira as sanções anunciadas na segunda-feira contra sete altos funcionários russos para uma nova lista que inclui 16 membros do Governo e quatro empresários considerados próximos de Putin.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, estas tentativas de isolar a Rússia não vão ter êxito.
"O caminho daqueles que são abertamente russófobos de isolar a Rússia é um caminho sem saída", afirmou o ministro na câmara alta do parlamento russo, que hoje ratificou a anexação da Crimeia pela Rússia.
Para Lavrov, os Estados Unidos aplicam estas sanções guiados "não pelo bom senso, mas pela vontade de punir".
O ministro russo comentou por outro lado o acordo político assinado hoje entre a Ucrânia e a União Europeia, afirmando que ele não visa servir o interesse da Ucrânia nem do povo da Ucrânia, mas apenas "ganhar pontos no jogo geopolítico".
Lusa