Cultura

Hino Nacional abre cerimónia da trasladação de Sophia de Mello Breyner

O Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, entoando  o Hino Nacional, marcou o início, cerca das 19:10, da cerimónia de trasladação  dos restos mortais de Sophia de Mello Breyner Andresen, no Panteão Nacional,  em Lisboa. 

MÁRIO CRUZ

A urna, coberta com a bandeira nacional, encontra-se colocada em frente  à porta principal do Panteão.  

Numa almofada colocada aos pés da urna, estão as condecorações oficiais  com que a poetisa foi agraciada em vida, nomeadamente a da Ordem do Infante  e a Ordem da Torre e Espada. 

Sophia de Mello Breyner Andresen é a segunda mulher a ter honras de  Panteão Nacional, como forma de homenagear "a escritora universal, a mulher  digna, a cidadã corajosa, a portuguesa insigne", e de evocar o seu exemplo  de "fidelidade aos valores da liberdade e da justiça", conforme se lê no  projeto de resolução da Assembleia da República. 

O parlamento aprovou por unanimidade, no passado dia 20 de fevereiro,  a concessão de honras de Panteão Nacional à escritora. 

Sophia de Mello Breyner Andresen foi também deputada à Assembleia Constituinte,  em 1975-1976, realizando-se a trasladação hoje, quando se completa uma década  sobre a sua morte. 

Falecida aos 84 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen foi autora de  vários livros de poesia, entre os quais "O Nome das Coisas" e "Coral", de  obras de ensaio, designadamente "O Nu na Antiguidade Clássica", contos,  como "Histórias da Terra e do Mar", ficção infantil, como "A Fada Oriana",  "A Menina do Mar" e "Noite de Natal", e também teatro, "O Colar", tendo  traduzido vários autores, como Dante e William Shakespeare. 

Lusa