Cultura

Ir ao fundo do mar ou ver o interior de um vulcão no Festival de Ciência online

Mesmo de portas fechadas, o centro Ciência Viva vai partilhar experiências e homenagear os cientistas portugueses este sábado, 16 de maio.

Ir ao fundo do mar ou ver o interior de um vulcão no Festival de Ciência online
cienciaviva.pt

Os centros Ciência Viva homenageiam no sábado o trabalho dos investigadores portugueses num festival de ciência para internautas, que poderão "ver" o fundo do mar ou o interior de um vulcão através do testemunho de quem os estuda.

O Festival de Ciência Online, ao qual os cibernautas podem aceder entre as 16:00 e as 19:00 pelo endereço www.cienciaviva.pt/festival ou pela plataforma YouTube, acontece no Dia Nacional dos Cientistas e é organizado pela Ciência Viva -- Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e pela Rede Nacional de Centros Ciência Viva, que agrega 21 centros de divulgação científica.

Este ano, a celebração da data é feita à distância, uma vez que os espaços estão encerrados ao público devido à pandemia da covid-19.

Por isso, é a ciência que "vai ao encontro de todos os portugueses para celebrar o trabalho da comunidade científica", justifica a organização da iniciativa, enaltecendo que os cientistas, através do seu trabalho, "possibilitam avanços imprescindíveis para melhorar a qualidade de vida das populações em áreas como a saúde, a educação, o ambiente e a tecnologia".

O programa do festival inclui testemunhos de cientistas sobre o que fazem e o que pensam sobre o impacto da ciência na vida e no progresso da sociedade ou sobre quais serão as grandes descobertas nos próximos 10 anos.

Em tempo de pandemia, psicólogos, um economista, um virologista, uma antropóloga e uma climatologista vão procurar responder "como pode a ciência ajudar a compreender, prever e controlar os efeitos" da covid-19, doença respiratória aguda causada por um novo coronavírus, detetado em dezembro na China mas que rapidamente se dissipou pelo mundo.

Mesmo de portas fechadas, alguns centros Ciência Viva vão partilhar experiências.

Quando voltarem a reabrir, a visita gratuita está prometida, em qualquer centro da rede, a quem responder acertadamente, em direto, no festival, a perguntas sobre diferentes temas científicos.

Numa visita guiada pelas palavras dos cientistas, os internautas poderão nesta iniciativa ficar a conhecer uma estação de investigação na Antártida, o fundo do mar, o interior de um vulcão, um jardim botânico, minas de sal-gema, um sítio de arte rupestre, um banco de germoplasma vegetal (material genético de plantas) e um observatório astronómico.

O astronauta dinamarquês Andreas Mogensen, que esteve na órbita da Terra durante 10 dias, conduzirá uma viagem ao espaço com o relato do que faz ao serviço da Agência Espacial Europeia.

O físico cingalês Mohan Munasinghe, Prémio Nobel da Paz em 2007, também é uma das "presenças" estrangeiras que se associaram ao evento e dará o seu testemunho.

Ao todo, participam no Festival de Ciência Online mais de 30 investigadores portugueses de diversas áreas científicas.

O Dia Nacional dos Cientistas, que se comemora em 16 de maio, foi instituído em 2016 pela Assembleia da República. O dia corresponde à data de nascimento do físico e ex-ministro da Ciência José Mariano Gago, que morreu há cinco anos.

Com o Festival de Ciência Online, a organização "celebra as conquistas da comunidade científica", mas também "assinala a homenagem ao legado de José Mariano Gago".

Portugal regista mais 264 novos casos de Covid-19 e 6 mortes

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou esta sexta-feira a existência de 1.190 mortes e 28.583 casos de Covid-19 em Portugal.

O número de óbitos subiu, de ontem para hoje, de 1.184 para 1.190, mais 6 - uma subida de 0,5% -, enquanto o número de infetados aumentou de 28.319 para 28.583, mais 264, o que representa um aumento de 0,9%.

O número de casos recuperados subiu de 3.198 para 3.328, mais 13 do que no dia anterior.

Há 673 doentes internados, 112 encontram-se em Unidades de Cuidados Intensivos.

Mais de 300 mil mortos e mais de 4,4 milhões de infetados em todo o mundo

A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 302.489 pessoas e infetou mais de 4,4 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 hoje, baseado em dados oficiais.

De acordo com os dados recolhidos pela agência de notícias francesa, já morreram pelo menos 302.489 pessoas e há mais de 4.454.090 infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

Os Estados Unidos, que registaram a primeira morte ligada à covid-19 no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de mortes e casos, com 85.906 óbitos em 1.417.889 casos. Pelo menos 246.414 pessoas foram declaradas curadas.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Reino Unido, com 33.998 óbitos em 236.711 casos, a Itália com 31.368 óbitos (223.096 casos), a Espanha com 27.459 óbitos (230.183 casos) e a França com 27.425 óbitos (178.870 casos).

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de dezembro, contabilizou oficialmente um total de 82.933 casos (quatro novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.633 mortes e 78.209 recuperações.

A Europa totalizou 163.128 mortes para 1.839.657 casos, Estados Unidos e Canadá 91.482 mortes (1.491.290 casos), América Latina e Caraíbas 25.662 mortes (451.556 casos), Ásia 11.581 mortes (331.194 casos), Médio Oriente 7.956 mortes (256.960 casos), África 2.554 mortes (75.078 casos) e Oceânia 126 mortes (8.363 casos).

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