O FC Porto venceu, este domingo, o Farense por 2-1. O Farense conseguiu criar dificuldades aos “dragões”, que acabaram por alcançar a vitória já depois dos 90 minutos. Luís Cristóvão analisa o jogo e considera que seria “injusto o FC Porto não ganhar”.
Os “dragões” foram os primeiros a marcar, logo aos 13 minutos. Este golo “quase que dá a entender que a equipa portista ia ter um jogo fácil nesta estreia em casa na Liga portuguesa”, mas não foi o caso.
“O que é certo é que [o golo] permitiu uma reação ao Farense no final do primeiro tempo. Há uma bola à barra, num pontapé de bicicleta de Muscat, há o golo de Rui Costa e foi preciso o segundo tempo para voltarmos a ver um Porto a carregar imenso sobre o Farense.”
Luís Cristóvão afirma que “chegaria a parecer injusto o FC Porto não ganhar este jogo pelo número de oportunidades que criou o longo da segunda parte”. No entanto, destaca a prestação do Farense, que “foi resistindo” durante todo o jogo.
“O FC Porto foi superior, mas a história do jogo permitiu ao Farense acreditar que poderia ter levado daqui a um ponto”, acrescenta, citando José Mota, treinador do Farense.
Saída de Otávio é um bom negócio para o FC Porto?
Otávio despede-se do FC Porto, e vai integrar a equipa do Al Nassr, na Arábia Saudita. Luís Cristóvão destaca que esta saída deixa a equipa “claramente a perder”.
“É um jogador que deixa saudades porque era um dos melhores jogadores da liga portuguesa. E era, sem dúvida nenhuma, uma peça fundamental para o sucesso do FC Porto, um jogador que vai ser muito difícil de substituir”, afirma o comentador.
No entanto, o comentador explica que o negócio, para o clube, poderá não ter sido “o melhor negócio possível”, uma vez que a cláusula não foi paga totalmente no imediato.
“Parecia ser essa a condição que Sérgio Conceição tinha colocado e que lhe tinha sido prometido que iria acontecer. Assim não acontece e, portanto, para o FC Porto fica sempre este ligeiro amargo de boca, porque foram estabelecidas ideias e regras para as contratações que, neste caso, parecem, uma vez mais, não estarem a ser cumpridas.”
Vlachodimos também poderá estar para sair do Benfica
O desentendimento entre o guarda-redes do Benfica Odisseas Vlachodimos e o treinador, Roger Smith, domina os jornais desportivos. Luís Cristóvão considera a decisão que Smith tratou o caso com “uma certa insensibilidade”.
“Estamos a falar de um jogador que era titular de indiscutível do Benfica há algumas temporadas. Na época passada, foi sempre aposta de Roger Smith e esta época, à primeira jornada, num jogo menos conseguido, leva a críticas públicas do seu treinador e a saída do 11 titular. Em termos de gestão, quer do jogador, quer do grupo, parece uma atitude da parte de Roger Smith que não trará grandes benefícios em termos futuros e que deixa o jogador, realmente, numa posição insustentável.”
A substituição de Vlachodimos por um guarda-redes mais jovem e que “foi sempre suplemente” durante a época passada “é claramente difícil de digerir”.
“Por isso mesmo, já há alguns rumores no mercado que indicam a saída e creio que será a única solução para Vlachodimos neste momento.”
O polémico beijo do presidente da federação espanhola à jogadora
O dia que se esperava histórico para a seleção feminina de Espanha, ficou marcado por um gesto do presidente da federação: Luis Rubiales deu um beijo na boca a Jenni Hermoso. Mais tarde, num direto nas redes sociais, a jogadora disse que não gostou da situação, mas que não podia fazer nada.
Luís Cristóvão lembra que a Federação Espanhola de Futebol e o treinador da seleção feminina tinha sido contestada, no ano passado, por um conjunto de 15 jogadoras - que acabaram por abandonar a equipa.
“Tinham algumas queixas em relação ao comportamento do treinador, à forma como ele geria a equipa e a federação fez orelhas moucas a esses pedidos e essa opinião das jogadoras”, afirma o comentador, acrescentando que houve momentos, durante o Mundial, que se percebeu que havia uma cisão entre as jogadoras e o treinador.
O comportamento de Luis Rubiales, é “condenável”, principalmente no âmbito do “mundial feminino, onde a festa é das mulheres, a festa é das jogadoras, a festa é da seleção espanhola que foi a melhor em campo".
Depois do beijo, a Federação Espanhola de Futebol emitiu um comunicado, sublinha Luís Cristóvão, tentando “mascarar a coisa”. Neste comunicado, era alegado que “Jenni Hermoso aceitou esta situação porque são amigos”. “Não foi isso que a jogadora disse no direto nas suas redes sociais”, remata o comentador.
“Fica aqui uma sombra sobre esta vitória espanhola, por que os homens da Federação seja o selecionador, seja o presidente da Federação, não parecem ter um comportamento à altura da qualidade e do talento das suas jogadoras.”