Desporto

FC Porto expulsa de sócios Fernando e Sandra Madureira, Catão e Vítor Aleixo

O Conselho Fiscal e Disciplinar do Futebol Clube do Porto decidiu expulsar Fernando Madureira e Sandra Madureira, Vitor Catão e Vitor Aleixo devido aos acontecimentos da Assembleia Geral do ano passado.

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O FC Porto expulsou Fernando Madureira de sócio do clube. Também Sandra Madureira, mulher do ex-líder dos Super Dragões, Vítor Catão e Vítor Aleixo foram expulsos.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias e confirmada pela SIC. Em causa estão os desacatos na Assembleia Geral do ano passado.

A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto, que decidiu ainda suspender Fernando Saúl, ex-oficial de ligação aos adeptos, por 45 dias

Ao que a SIC apurou, os visados podem recorrer da decisão. Têm, agora, 30 dias para avançar com um recurso do parecer que incluiu uma Assembleia Geral onde os restantes sócios do clube se devem pronunciar.

A decisão foi proferida mais de três meses depois de a direção 'azul e branca', liderada por André Villas-Boas, ter participado formalmente dos sócios acusados naquele processo judicial, com vista à instauração de processos disciplinares por parte do órgão presidido por Angelino Ferreira, na sequência dos incidentes e agressões verificados durante uma Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube, em 13 de novembro de 2023.

Quem são os visados

Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, é o único arguido em prisão preventiva na designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa daquela claque afeta ao FC Porto em "criar um clima de intimidação e medo" numa reunião magna 'azul e branca' para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então liderado por Pinto da Costa.

Além de Fernando Madureira, foram expulsos do FC Porto Sandra Madureira, sua esposa e antiga vice-presidente dos Super Dragões, Vítor Catão, adepto do clube e antigo presidente do São Pedro da Cova, que está em prisão domiciliária com vigilância eletrónica, e Vítor Aleixo.

Já Carlos Nunes, outro dos arguidos da Operação Pretoriano, foi suspenso por 12 meses, recebendo o dobro da pena aplicada a Fernando Saul, ex-oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e também envolvido na acusação, José Dias, Paulo Moura, Manuel Barros e Sérgio Ferreira.

Operação Pretoriano

A fase de instrução da Operação Pretoriano começou em 28 de outubro, no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, que terá de decidir se o processo segue e em que moldes para julgamento até 07 de dezembro, quando se completarem 10 meses desde a aplicação do regime de prisão preventiva a Fernando Madureira.

Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação.

Hugo Carneiro, igualmente com ligações aos Super Dragões, também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos para os arguidos entre um e cinco anos.

O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional 'azul e branco' constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano, que foi desencadeada em 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos observados na AG extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas.


Com LUSA