Granadeiro chegou pouco antes das 16:30, hora em que se iniciou a reunião magna de acionistas da PT, tendo evitado as questões dos jornalistas que se encontravam no local onde decorrem os trabalhos, no Fórum PT, em Lisboa.
O responsável entrou no edifício acompanhado por seguranças, que o ajudaram a contornar o batalhão de jornalistas que cobrem a Assembleia Geral.
Os acionistas da PT decidem hoje se a combinação de negócios com a brasileira Oi vai avançar, numa AG que deverá ficar marcada pela polémica aplicação na dívida da Rioforte e pelo confronto de posições.
A reunião magna de acionistas tem como ponto único da ordem de trabalhos os novos termos da combinação de negócios com a Oi, que acontece depois da aplicação de quase 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, do Grupo Espírito Santo (GES), empresa que não cumpriu o pagamento à operadora portuguesa no prazo previsto.
Na sequência do aumento de capital da Oi, a PT passou a deter uma participação, direta e indireta, na brasileira de 39,7%, sendo esta "o único ativo relevante detido pela PT", segundo informação divulgada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Agora, os acionistas deliberam sobre a combinação de negócios, que inclui a realização de uma permuta entre a PT e as subsidiárias integralmente detidas pela Oi, PT Portugal e PT International Finance, onde se encontrava a aplicação na Rioforte, assim como a celebração do contrato de opção de compra pela operadora portuguesa.
O negócio prevê que a PT compre os instrumentos Rioforte, por contrapartida da venda de 16,9% do capital social da Oi e de 17,1% dos respetivos direitos de voto.
Já a PT passa a deter uma opção de compra para readquirir as Ações da Oi Objeto da Opção, tendo seis anos para recuperar o impacto negativo da dívida da Rioforte.
Lusa