Economia

A nova polémica da venda de imóveis do Novo Banco explicada em cinco minutos

Casas e terrenos vendidos abaixo do valor real.

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O Novo Banco vendeu em 2018 mais de cinco mil imóveis por metade do valor. Quem pagou o prejuízo foi o Fundo de Resolução.

Confrontado com a notícia, o primeiro-ministro pediu à Procuradoria-Geral da República que investigue se os interesses do Estado estão a ser postos em causa e que mande travar a venda de mais ativos, até que seja concluída a auditoria que está a ser feita à gestão do Novo Banco.

A NOVA POLÉMICA QUE ENVOLVE O NOVO BANCO

O Novo Banco vendeu imóveis a fundo anónimo, deu crédito e foi compensado pelas perdas, uma nova polémica que envolve o Novo Banco e os negócios suspeitos já estão a ser investigados pelo Ministério Público.

O banco terá não só vendido cerca de 13 mil imóveis a preço de saldo, como terá financiado o próprio comprador. Além disto, as perdas consequentes destes negócios terão sido pagas pelo Fundo de Resolução.

O jornal Público revela que, em 2018, o Novo Banco vendeu uma carteira de imóveis a um fundo anónimo, sediado nas ilhas Caimão, e chegou mesmo a emprestar ao fundo o dinheiro necessário para comprar os ativos, ou seja, foi ao mesmo tempo o vendedor e o financiador da operação.

A carteira valia 631 milhões de euros, mas foi vendida apenas por 364 e o Fundo de Resolução acabou por ser chamado a cobrir parte das perdas: 260 milhões de euros.

A criação do Fundo, que aconteceu em 2012, prevê que seja injetado dinheiro sempre que as contas do Novo Banco fiquem no vermelho.