O Ministério Público contabiliza, segundo o Correio da Manhã, entre 2006 e 2009, 52 encontros, incluindo almoços, entre Manuel Pinho e António Mexia, arguidos no processo EDP.
Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal encontram nas datas das reuniões uma coincidência temporal com nomeações ou outras decisões, que terão beneficiado a empresa em 1,2 milhões de euros. Suspeitam, por isso, de um favorecimento dado pelo, na altura, ministro da Economia a troco do apoio da EDP à carreira académica de Manuel Pinho depois de sair do Governo.
Ao que a SIC apurou, o antigo ministro foi questionado sobre os encontros durante o interrogatório da semana passada. Não soube responder quantas vezes esteve com Antonio Mexia, mas garantiu que os encontros eram naturais por se tratar de uma empresa em que o Estado era o maior acionista. No entanto negou qualquer troca de favores com o ex-presidente da EDP.
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