A presidente da TAP passou um dia com uma equipa de reportagem da SIC. Em declarações exclusivas, afirma que as palavras do Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, pesaram na decisão de não avançar com a mudança da frota automóvel da companhia. Diz ainda que não é totalmente independente e admite que gostava de estar à frente dos destinos da TAP mais cinco anos.
"A reação que vimos quanto a esta decisão foi um tanto inesperada", reconhece, referindo-se ao adiamento de renovar a frota automóvel da TAP.
Sobre o novo aeroporto, Christine Ourmières-Widener considera que está a "demorar imenso tempo" e lembra que a TAP precisa de uma decisão, que "terá um enorme impacto", uma vez que tem um plano de reestruturação até 2025.
Entre momentos de descontração, cumprimentos a colegas de trabalho e pormenores do seu dia a dia, como por vezes trabalhar de pé, Christine Ourmières-Widener foi sempre respondendo às questões da SIC.
Em entrevista à SIC, diz estar a tentar encontrar soluções para a insatisfação dos pilotos da companhia aérea. No entanto, reconhece que, se alguns saírem, tem de promover pilotos e, se for necessário, recrutar, o que considera um desafio.
Christine Ourmières-Widener, presidente executiva da TAP, diz "não ter a certeza" sobre a privatização da companhia em 2023:
"Temos de ser cautelosos com os timings. Pode demorar mais tempo, mas penso que o timing não é mais importante, mas sim o despecho para a TAP".
Na entrevista exclusiva à SIC, acredita que não se muda a TAP "num curto período de tempo".
"Toda a gente sabe que tenho um contrato de cinco anos, pois a informação é pública. Em cinco anos, é possível fazer muita coisa. Mas temos de encarar isto como um longo trajeto. São 77 anos de história".
Christine Ourmières-Widener refere que tem nacionalidade francesa e britânica. Mas salienta que “um dia espera ter nacionalidade portuguesa”.