As operadoras de telecomunicações NOS e MEO atualizam, a partir desta quarta-feira, os preços dos serviços de acordo com a taxa de inflação de 2022, que se fixou nos 7,8%.
O mesmo vai acontecer na Vodafone a partir do mês de março. A operadora vai aumentar os preços das telecomunicações e de serviços associados em até 7,8%. Os aumentos abrangem as “mensalidades dos produtos e serviços da Vodafone, bem como a generalidade das tarifas de serviço”.
A empresa de telecomunicações justifica este aumento com os “aumentos expressivos nos custos operacionais e de manutenção e gestão da rede de suporte à prestação dos nossos serviços”.
“O setor das telecomunicações tem sido fortemente afetado pelo atual contexto macroeconómico e geopolítico, do qual resultaram aumentos significativos nos preços da energia e das matérias-primas”, que, por sua vez, alimentaram a "subida da taxa de inflação”, descreve a Vodafone Portugal.
Qual o impacto do aumento?
Numa fatura de 23 euros, por exemplo, o aumento será de 1,7 euros. Há pacotes familiares que vão aumentar entre cerca de 6 a 8 euros.
As operadoras justificam a subida com a conjuntura macroeconómica e o aumento dos custos operacionais e de gestão da rede.
A DecoProtest aconselha os clientes a olhar para os contratos e ver se lá está alguma clausula que permita a atualização indexada ao índice de preços no consumidor.
Portugal é dos países da Europa onde se paga mais por telecomunicações.
Telecomunicações continuaram em 2022 a liderar queixas na Deco Proteste
A Deco Proteste recebeu, entre janeiro e 27 de dezembro de 2022, mais de 280 mil reclamações. O setor das telecomunicações volta a liderar a lista de queixas, sendo seguido pelos bens de consumo e pelos serviços financeiros.
“À semelhança de 2021, MEO, NOS e Vodafone lideram nas reclamações apresentadas, com um total de 37.885 contactos ao longo de todo o ano”, avança a DECO Proteste em comunicado. “Falhas na cobertura, velocidade de internet inferior à contratada e penalizações por mudança de fornecedor estão entre as reclamações mais frequentes.”
Das três empresas, a MEO lidera o número de queixas registadas junto da companhia de defesa do consumidor, com 9.751 reclamações registadas ao longo do ano. Segue-se a NOS, com 8.857, e a Vodafone com 4.820 referências negativas.