Vários governantes europeus dizem estar atentos, mas garantem que não há razões para alarme em relação à notícias que chegam dos Estados Unidos.
O Silicon Valley Bank anunciou falência na sexta-feira, mas o papel dos governantes é tentarem acalmar os mercados e passar mensagens de tranquilidade. No entanto, a memória do que aconteceu em 2008, com a falência do Lehman Brothers e da Washington Mutual, ainda está presente.
Perante a questão "há ou não o risco de uma crise financeira global semelhante?", José Gomes Ferreira não tem dúvidas: "Há um forte risco de crise global começada por este sinais no setor financeiro".
Gomes Ferreira justifica que uma das provas disso é "o carimbo que foi posto nesse risco" pelo próprio Presidente Biden ao "aparecer a tentar localizar o problema num banco".
"Aparecerem os maiores políticos dos EUA - primeira economia do mundo - do Reino Unido e os representantes da Comissão Europeia a dizer que está tudo bem é porque há um risco enorme", afirma Gomes Ferreira, que considera que "não está tudo bem".
A falência deste banco "vem na sequência de sinais gravíssimos que começaram em novembro" após a "falência de um grande fundo que transacionava criptomoedas", o FTX, diz José Gomes Ferreira.
Quanto a Portugal, Gomes Ferreira diz que "está ameaçado", mas "não diretamente".
"É evidente que nenhum banco português está exposto ao SVB, mas estão expostos à situação do sistema financeiro."