Economia

Faça bem as contas: congelar a prestação da casa pode implicar maior pagamento de juros

A nova medida do Governo que entrará agora em vigor tem as suas contrapartidas e, para isso, as famílias têm de se informar nos seus bancos para simular como será o pagamento dos juros que terão de amortizar passados os dois anos de prestação fixa.

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As famílias que decidam congelar a prestação da casa ao banco podem ter de pagar mais juros. A medida do Governo para apoiar as famílias mais sobrecarregadas entra esta quinta-feira em vigor. Só produz efeitos em novembro e os especialistas recomendam que famílias façam bem as contas antes de aderir.

Os pedidos para fixar a prestação da casa devem ser feitos entre 2 de novembro e 31 de março por famílias que tenham dificuldade em suportar o pagamento, mas a diferença dos juros que não serão pagos em 24 meses será paga mais tarde e de acordo com o jornal Público, se for empurrada para 2030, poderá implicar acréscimo de juros.

O banco deve apresentar aos clientes as simulações para que possa ser feita a escolha, mas é certo que os juros não serão perdoados e serão sempre pagos à taxa de mercado, mesmo que durante 24 meses o cálculo da prestação corresponda a 70% da Euribor a 6 meses.

O capital que não é amortizado, enquanto a medida está em vigor, já pagou juros que correspondem à taxa de mercado e se o pagamento for diluido no futuro sobre essa dívida vão recair novamente juros.

A situação só não acontece se o pagamento do capital for feito no fim dos dois anos.

A medida do Governo prevê, no entanto, que a amortização do montante congelado seja pago a partir do sexto ano de adesão, ou seja, perto de 2030. Se as famílias quiserem e puderem amortizar antecipadamente a dívida, não terão de pagar qualquer comissão ou encargos.