No dia 11 de setembro de 2001 estava no início do meu 2⁰ ano da escola primária, tinha 7 anos. Andava na DeValles school em New Bedford, Massachussets.
Lembro-me de estar no recreio e de nos dizerem que o intervalo ia ser mais curto, que tínhamos de ir para a nossa sala de aula. Quando chegamos à sala mandaram-nos sentar em frente à televisão e ligaram nas notícias. Vimos logo as imagens do fumo a sair das torres.
Os clips dos aviões a embater estava sempre a repetir e, depois, disseram que tinha sido um atentado. Fiquei em choque. Lembro-me que alguns dos meus colegas começaram a chorar, mas a única coisa que me passava pela cabeça era que, apenas uns meses antes, tinha estado em frente daqueles edifícios enormes, toda sorridente, a tirar fotos. E agora estavam em chamas.
Hoje, penso que mostrar aquelas imagens a grupo de crianças de 7 anos foi um absurdo. Nunca me vou esquecer de estar sentada no chão da sala de aula a olhar para a televisão. E quando me perguntam onde estava naquele dia, sei sempre responder.
Mesmo 20 anos depois, ainda me lembro da sensação de pânico que me assolou naquele dia.
Elisabeth Carvalho - 27 anos
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