O Departamento de Estado norte-americano voltou a recusar a intenção de Ashraf Ghani, ex-presidente do Afeganistão, de intervir na crise política do país tomado pelos talibãs.
"Ele [Ashraf Ghani] já não é uma pessoa importante no Afeganistão", disse aos jornalistas a secretária de Estado adjunta norte-americana, Wendy Sherman, recusando-se a comentar a decisão dos EUA de lhe conceder asilo, depois de ter fugido do país no domingo, antes da ocupação de Cabul pelos talibãs.
Ghani apoia negociações entre os talibãs
Ghani disse apoiar negociações entre os talibãs, que tomaram o poder em Cabul, e antigos altos funcionários, acrescentando que está "em conversações para regressar" ao país, após ter fugido para os Emirados Árabes Unidos.
"Apoio a iniciativa do governo de negociar com [o ex-vice-Presidente] Abdullah Abdullah e o ex-Presidente Hamid Karzai. Desejo sucesso a este processo", afirmou, através da rede social Facebook.
Ashraf Ghani enviou uma mensagem de vídeo aos compatriotas, a partir dos Emirados Árabes Unidos, país que horas antes tinha confirmado tê-lo recebido por "razões humanitárias".
O embaixador do Afeganistão no Tajiquistão acusou o antigo Presidente de ter desviado 169 milhões de dólares (142 milhões de euros) de fundos estatais e apelou à detenção de Ghani.