Mais de 800 famílias portuguesas disponibilizaram-se para acolher refugiados afegãos e 350 pessoas estão disponíveis para ceder o alojamento.
Quase 4.700 pessoas dizem-se prontas para oferecer bens alimentares e mais de mil pessoas voluntariaram-se para a prestação de apoio social.
Mais de 10 organizações e empresas mostraram-se também disponíveis para a criação de postos de trabalho e doação de bens essenciais a refugiados afegãos.
As candidaturas foram preenchidas num formulário público que está a ser avaliado pelo Alto Comissariado para as Migrações, com base em critérios rigorosos. Um deles é conhecer melhor as famílias e os alojamentos.
Ainda não há data para a chegada de refugiados vindos do Afeganistão. Portugal tem capacidade para receber mais de 300 pessoas.
Primeiro serão retirados os cidadãos que estão na lista prioritária. São mais de 100 e a prioridade é dada a todos os que estão em colaboração com as forças nacionais destacadas no Afeganistão.
Ao Alto Comissariado das Migrações têm chegado pedidos dos grupos mais vulneráveis. É o caso de jornalistas, estudantes e ativistas dos direitos humanos.
Jorge Sampaio anunciou o reforço de bolsas de estudo para jovens afegãs na Plataforma Global para o Ensino Superior nas Emergências, uma organização que ainda preside.
O antigo Presidente da República diz que a solidariedade é um dever de todos e apela, por isso, a que universidades, empresas e fundações garantam estágios e vagas, para quem chega de um país que atravessa uma crise humana.
Jorge Sampaio pede que se tome como exemplo a integração de estudantes sírios, que se tem mostrado benéfica tanto para os jovens como para os países de acolhimento.
Portugal tem capacidade para receber no imediato mais de 300 cidadãos afegãos, além de 840 famílias já se terem mostrado disponíveis para os acolher, anunciou esta quinta-feira o Governo.
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