A União Europeia quer evitar uma nova crise migratória como a 2015 e promete aumentar a cooperação e os apoios aos países vizinhos do Afeganistão que acolham refugiados.
O objetivo é desencorajar o fluxo e as viagens ilegais para a Europa. Os 27 mostram-se também disponíveis para acolher afegãos que precisem de proteção internacional, sobretudo mulheres e crianças, mas para já não se comprometem nem com quotas nem com números.
"A melhor maneira de evitar uma crise migratória é evitar uma crise humana. Por isso precisamos de apoiar os Afegãos no Afeganistão. As Nações Unidas continuam no terreno. Têm pessoas lá, podemos ajudá-las e apoiá-las. Pessoas que estavam deslocadas já começaram a voltar às suas casas. As Nações Unidas também estão a apoiar abrigos para mulheres", disse a comissária dos Assuntos Internos da UE.
A Europa tenta jogar na antecipação para manter o problema fora das fronteiras europeias. Os países estão dispostos a cooperar com países como o Irão ou o Paquistão e a aumentar o fianciamento a organizações internacionais.
"Esta prioridade atribuída a esta relação com países vizinhos ou próximos do Afeganistão. Prioridada à dimensão externa. Prioridade a uma atuação solidária na dimensão humanitária é uma condiçao para nós prevenirmos uma situação futura de crise de segurança ou migratória" , referiu Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna.
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