Esta quinta-feira, durante o julgamento de Tancos, o diretor adjunto da Polícia Judiciária (PJ) acusou a Polícia Judiciária Militar (PJM) de ter posto entraves na investigação ao assalto aos paióis. Carlos Farinha era, na altura, o responsável pelo Laboratório de Polícia Científica.
Foi no cargo que Carlos Farinha exercia anteriormente que pediu à PJM as perícias feitas ao local do crime. Tanto o diretor da PJM como o responsável pela polícia recusaram. Os militares não queriam ceder as impressões digitais – as pegadas e as fotografias que tinham tirado nos paióis. Diziam que só o faziam com ordens do tribunal.
Na sequência da recusa dos militares, Joana Marques Vidal, que era Procuradora-Geral da República, exigiu a Luís Vieira que enviasse todo o material recolhido nos paióis. A PJM perdia a autonomia sobre a investigação.
- Julgamento Tancos: PJ Militar recusou entregar perícias feitas aos paióis à PJ
- Tancos. Ex-diretor da Polícia Judiciária Militar julgado por violação de segredo de justiça
- Tancos. Uma das testemunhas mais importantes está em paradeiro desconhecido
- Tancos. Tribunal não consegue notificar a testemunha Paulo Lemos
- PGR admite que necessidade de regulamentar intervenção de superiores surgiu após caso de Tancos
- Inspetor-chefe da PJ acusa PJM de dificultar investigação de Tancos
- Militar da GNR nega acordo com autor confesso do assalto em Tancos