Caso Galamba

"Um mais um" e todos sabem quem falou com Marcelo sobre episódio no Ministério das Infraestruturas

Marcelo Rebelo de Sousa diz que foi contactado no dia 29 de abril e que apenas falou com uma entidade oficial - que não foi o primeiro-ministro. O Presidente da República diz ainda que está “de olho” em todos os partidos.

"Um mais um" e todos sabem quem falou com Marcelo sobre episódio no Ministério das Infraestruturas
JOSÉ SENA GOULÃO

O Presidente da República continua sem esclarecer quem o contactou para o informar da ação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) na recuperação do computador do antigo adjunto do ministro João Galamba. Marcelo Rebelo de Sousa diz apenas que não foi António Costa e que o contacto chegou de uma entidade oficial.

"Esse alguém, contactou-me no dia 29 [de abril]. Depois, disse que tinha anotado que o senhor primeiro-ministro tinha publicamente afirmado que, no contacto feito com o Presidente da República, não tinha falado do SIS. Esclareceu isso. Somando um mais um dá para perceber quem foi o alguém que contactou o Presidente da República no dia 29”, disse Marcelo.

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O Chefe de Estado sublinha ainda que “ao longo deste período todo” só teve “um contacto oficial sempre”.

“Concentrei os contactos numa só entidade oficial”, acrescentou.

Tutti Frutti: Marcelo “de olho” no Governo e na oposição

Sobre o caso Tutti Frutti, Marcelo Rebelo de Sousa diz que qualquer partido pode causar problemas à democracia. O Presidente da República diz que está atento ao prestígio tanto do partido do Governo, como da oposição.

“Quando eu olho para as instituições como um todo, olho para todas. Olho para as instituições do Governo, partido do Governo, partido que não estão no Governo, oposições. Tenho de olhar para todas”, afirma Marcelo.

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O Presidente admite que todos desejam “que as instituições sejam permanentemente prestigiadas e que não haja uma descolagem dos portugueses em relação às instituições democráticas”, porque isso significaria “uma descolagem em relação à democracia”.

No entanto, reconhece que essa “descolagem” pode ser provocada “por problemas críticos em qualquer dos hemisférios da vida política”.

“O Presidente não se concentra apenas no prestígio das instituições ligadas ao poder, mas também no prestígio das instituições ligadas à oposição”, reforça.