No Irão, as pessoas continuam a manifestar-se contra o Governo e a repressão policial. O líder supremo do país diz que a culpa das manifestações é dos Estados Unidos.
Os tumultos vividos nas ruas do Irão entram agora na terceira semana. Tudo começou com a morte da jovem Mahsa Amini, que foi detida e morta pelas autoridades iranianas, por uso incorreto do véu islâmico.
Após esse incidente milhares de cidadãos do país saíram à rua em protesto contra o Governo do Irão. Durante estas semanas turbulentas, já terão morrido quase 100 pessoas, segundo informações de várias organizações internacionais.
A força policial exagerada, tem marcados estes protestos uma vez que o líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, já tinha passado a mensagem de que os manifestantes deveriam ser contidos a todo o custo, e castigados “severamente”. O líder do país pronunciou-se agora acerca da situação que assola o país, dizendo que as pessoas “estão a exagerar”.
"Uma jovem faleceu, bem, foi um incidente amargo, e partiu-me o coração também. Mas a reação a este incidente não deveria ter sido ir para as ruas e violar a segurança e tornar as ruas inseguras para as pessoas, sem qualquer investigação e enquanto não houvesse factos conhecidos".
Ayatollah Ali Khamenei, não ficou por aqui e culpabilizou os Estados Unidos por incitarem os manifestantes a causar aquele que já é considerado o maior protesto popular dos últimos anos no Irão.
"Quem fez o planeamento [para os protestos]? Eu digo que é claro que o planeamento foi feito pela América, o falso regime sionista usurpador [Israel] e os seus seguidores.
Entretanto, António Guterres, secretário-geral da ONU, já condenou as ações policiais musculadas, à semelhança do primeiro-ministro israelita, Yair Lapid.