O primeiro caso de infeção no lar da Fundação Maria Inácia Silva foi registado a 17 de junho, mas a Segurança Social só visitou as instalações do lar de Reguengos de Monsaraz sete dias depois.
Como a SIC já tinha avançado infetados e não infetados partilharam quartos, casas de banho e corredores durante vários dias e o Plano Municipal de Emergência só foi ativado quando já havia quase 140 casos confirmados e 8 mortos.
O jornal Correio da Manhã avança agora, que consta na auditoria pedida pela Ordem dos Médicos, que haveria idosos apenas de de fralda e em quartos sem condições de higiene, com vestígios de urina.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, pede um aumento das fiscalizações aos lares.
O QUE DESCOBRIU A AUDITORIA
Os idosos chegaram a esse ponto porque, segundo o que a Comissão Regional do Sul da Ordem dos Médicos apurou, faltava tudo no lar: gente para cuidar e alguém que soubesse informar os médicos chamados a socorrer os doentes sobre o que andavam a tomar.
- Ministra assume que não leu relatório da Ordem dos Médicos sobre lar de Reguengos de Monsaraz
- Bastonário acha "estranho" que ministra não tenha lido relatório sobre lar de Reguengos de Monsaraz
A vida dentro do lar de Reguengos de Monsaraz
A SIC visitou o lar, que sofreu obras de remodelação, e vive uma nova normalidade bastante afetada por tudo o que aconteceu.
[Reportagem de 30 de julho de 2020]