A Ordem dos Médicos não tem dúvidas que Portugal já está numa segunda vaga da pandemia do novo coronavírus e que há falhas no Serviço Nacional de Saúde que exigem mudanças estruturais.
Em causa está o número e a formação dos médicos, que estão há seis meses sob pressão e ainda não foram devidamente compensados.
Na SIC Notícias, Alexandre Valentim Lourenço da Ordem dos Médicos do Sul lembrou que a mortalidade aumentou desde março e o sistema não pode esquecer todas as outras patologias.
Portugal com mais 1.646 casos confirmados
Portugal contabiliza este sábado mais cinco mortos relacionados com a covid-19 e 1.646 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o maior número de casos de infeção. O segundo maior registo aconteceu a 10 de abril, com 1.516, e o terceiro mais recentemente, nesta sexta-feira, com 1.394 novos casos.
Portugal já registou 2.067 mortes e 85.574 casos de infeção, estando este sábado ativos 30.704 casos, mais 1.002 do que na sexta-feira.
Pressão sobre os hospitais. Ordem dos Médicos fala em falta de organização
Sobre a pressão que está a recair sobre os hospitais, a Ordem dos Médicos do Sul diz que falta organização à rede hospitalar e uma voz de comando para dar resposta ao crescente número de casos de covid-19 no país.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, a pressão é cada vez maior nos hospitais centrais e falta coerência nas medidas a adotar.
Alexandre Valentim Lourenço fala em decisões precipitadas, tomadas por causa da comunicação social ou até da política.