Os delegados ao XXI congresso do PCP vão obedecer a regras rígidas para entrar e circular do pavilhão Paz e Amizade, em Loures, e terão apenas cadeiras para se sentarem, sem mesas, disse à Lusa fonte partidária.
Os delegados, que já foram reduzidos a metade (cerca de 600) como forma de adaptar o congresso de 27, 28 e 29 de novembro às regras para conter a pandemia de covid-19, vão espalhar-se por todo o pavilhão, incluindo as bancadas, com respeito pelas distâncias de segurança.
Os únicos com mesas serão os órgãos executivos que vão sentar-se na mesa do congresso, acrescentou a mesma fonte.
Haverá circuitos de entrada, circulação e saída de delegados e dirigentes do partido.
Além da redução do número de delegados, de 1.200 (em 2016) para cerca de 600, o PCP optou por não ter convidados de forma a reduzir o número de pessoas no congresso, em plena pandemia, e que já começou a ser criticada pelos partidos de direita.
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Jerónimo de Sousa promete que congresso será exemplar
Esta quinta-feira, o secretário-geral do PCP prometeu que o XXI congresso nacional, dentro de oito dias, vai ser exemplar quanto a medidas de prevenção da covid-19.
"O Presidente da República não obstaculizou nem levantou dúvidas ou dificuldades em relação à sua realização [do congresso comunista]", garantiu Jerónimo de Sousa, à saída de uma audiência no Palácio de Belém, adiantando que tem havido ligação com a Direção-Geral da Saúde na preparação do evento.
O XXI congresso nacional do PCP realiza-se em 27, 28 e 29 de novembro de 2020 no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema "Organizar, Lutar, Avançar - Democracia e Socialismo".
“O problema parece-me mais uma vez uma questão de bom senso”
Questionado sobre a realização do congresso do PCP, sublinha que “calha” num fim de semana onde possivelmente não haverá o recolhimento obrigatório a partir das 13h00, e que acontece num concelho – Loures – inserido no segundo escalão de gravidade, onde não são aplicadas medidas tão apertadas.
Relembra que o estado de emergência não cancela direitos políticos, mas aponta o problema como sendo uma questão de “bom senso e exemplo”, sobretudo depois do que foram dois fins de semana “muito duros para os trabalhadores”, defendendo um adiamento.