Em entrevista à SIC Notícias, Henrique Veiga-Fernandes explica que as reações alérgicas à vacina da Pfizer/BioNTech foram situações extraordinariamente raras e de indivíduos que já tinham um historial de reações alérgicas muito grave.
O imunologista sublinha que no primeiro dia de vacinação no Reino Unido foram administradas vacinas a milhares de pessoas e que apenas foram detetados dois casos, razão pela qual foi, entretanto, aconselhado que pessoas com este tipo de historial não sejam vacinadas contra a covid-19.
O investigador da Fundação Champalimaud afirma também que esta situação “traz-nos uma enorme segurança” porque, apesar destes efeitos adversos não terem sido relatados nos ensaios clínicos, foram imediatamente detetados e tratados.
Sobre a imunidade de grupo, defende que acontecerá a várias velocidades e que serão os países ricos a encabeçar o processo, que será mais gradual nos restantes e se poderá prolongar por vários anos.
Henrique Veiga-Fernandes explica que isso pode explicar-se pela produção reduzida de vacinas e pelo facto de os países mais ricos já terem adquirido mais de 53% das vacinas disponíveis, dando o exemplo do Canadá, que “comprou vacinas suficientes para vacinar cada cidadão cinco vezes”.
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