Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, realçou que as principais regras básicas são para manter no Natal, como o distanciamento físico, a utilização de máscara, a higienização das mãos e a etiqueta respiratória, para evitar o contágio da covid-19.
No Primeiro Jornal da SIC, lembrou as recomendações apresentadas na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, salientando que o número de agregados familiares nos encontros devem ser reduzidos ao máximo e os encontros faseados. Realçou também que é importante reduzir as interações sociais antes dos dias de Natal.
Em possíveis encontros, Ricardo Mexia explicou que a máscara deve ser mantida "a maior parte do tempo possível", que deve haver distância à mesa e "por agregados familiares" e que o tempo de refeições deve ser reduzido.
"Quanto mais tempo, mais risco", afirmou o responsável, já depois de na terça-feira o subdiretor-geral da Saúde, Rui Portugal, ter dito que as cozinhas são locais de "alto risco" de contágio.
O presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública lembrou também que os objetos não devem ser partilhados e apelou a um cuidado acrescido com as toalhas para as mãos nas casas de banho, que podem ser partilhadas por pessoas de diferentes agregados familiares.
Sobre os lares de idosos, questionado sobre a possibilidade de os utentes irem passar o Natal a casa com a família, o especialista em saúde pública defendeu que "não é uma boa ideia".
"Talvez não seja agora o momento de deitar a perder o esforço que foi feito durante todos estes meses", disse.
No entanto, reconheceu que "é uma decisão complicada" do ponto de vista afetivo.
Sobre a comunicação do Governo e das autoridades de saúde, reconheceu ser essencial mensagens claras com exemplos práticos.
"A mensagem de menos medidas no Natal pode ter um efeito negativo", disse Ricardo Mexia, no Primeiro Jornal da SIC.
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