O Governo anunciou o alargamento dos apoios destinados aos restaurantes de forma a incluir as perdas relativas à passagem do ano. As medidas de restrição contra a covid-19 anunciadas por António Costa impedem a realização dos jantares no dia 31 de dezembro e obrigam ao fecho às 13:00 no fim de semana seguinte. Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, considera que o apoio anunciado é “residual”.
“É evidente que este apoio ao fim de semana é melhor do que nada, mas obviamente que estamos a falar de um apoio muito pouco robusto”, disse em entrevista à Edição da Noite da SIC Notícias.
Para a secretária-geral, deveria ser considerado os ganhos referentes ao período homólogo, uma vez que esta época é bastante forte para os restaurantes.
“A restauração vive com programação. Os empresários tiveram de fazer aquisições de matérias primas, contratar serviços, contratar pessoas e a verdade é que tudo isto, numa situação em que as empresas já se encontram tão débeis é mais um passo para o precipício”, disse ainda.
Ana Jacinto deixou ainda uma alerta para que os Governo disponibilize os apoios que foram anunciados no início de dezembro.
“Precisamos é da concretização dos apoios que foram anunciados porque, esses sim, são apoios muito relevantes para estas empresas. Falamos de um reforço da manutenção dos postos de trabalho, falamos do apoio às rendas que é absolutamente vital para estas empresas. Temos muitas empresas que já não conseguem pagar as rendas, portanto é crucial que esse apoio possa ser disponibilizado. Depois também um reforço à tesouraria. Mas nada desses apoios que foram anunciados neste momento estão disponíveis”, criticou a secretária-geral da AHRESP.
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