Há vários deputados a recusarem ser vacinados porque entendem que os políticos não devem estar no grupo prioritário. É o caso, por exemplo, do deputado Cristóvão Norte, do PSD, e do líder da Iniciativa Liberal.
Depois da hipótese não confirmada de um Presidente doente e de sete ministros já infetados com covid, o Governo reajustou prioridades e decidiu incluir na próxima fase de vacinação titulares de cargos públicos, entre eles, o Presidente da República.
De acordo com o despacho do Governo a que a SIC teve acesso, António Costa pediu, por carta, a diversas entidades públicas consideradas essenciais, como o Parlamento, a Provedoria de Justiça, vários tribunais, autarquias e Governos Regionais, que indicassem uma lista de quem deve ser vacinado primeiro. A polémica surgiu depois da carta a pedir o levantamento dos casos prioritários.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, diz que ainda é prematuro adiantar quando é que vai ser vacinado.
À SIC, fonte do Governo diz que ainda não há datas para o arranque das vacinações destas entidades e que depois do levantamento serão definidas as prioridades, tendo em conta as vacinas disponíveis em cada momento.
No Twitter, o líder do PSD diz que o Governo errou ao não incluir logo os decisores políticos e que agora volta a errar por via do exagero.
O PCP reconhece que a prioridade dada a altos responsáveis é compreensível para situações concretas, mas considera excessiva a generalização.
O Bloco de Esquerda defende que só deve receber a vacina quem tem responsabilidade direta na pandemia.
O líder do CDS acha que é um péssimo exemplo e que se tivesse direito à vacina não a recebia agora.