O primeiro-ministro visita esta manhã o Hospital CUF Tejo, em Lisboa. António Costa é acompanhado pela ministra da Saúde e ambos prestaram declarações, com destaque para o plano de vacinação contra a covid-19.
António Costa começou por se referir à importância da cooperação entre estados-membros da União Europeia, relativamente à compra de vacinas.
"Para que a pandemia seja erradicada é preciso erradica-la na União Europeia e à escala global, o que se trata de um esforço enorme", sublinhou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro sublinhou também que para acelerar o processo de vacinação, a indústria tem de aumentar a capacidade de produção de vacinas. António Costa realçou que as farmacêuticas já se comprometeram a cumprir esse objetivo.
Para o chefe de Governo é fundamental vacinar a maioria da população para regressar à normalidade: "Só retomaremos a normalidade da nossa vida quando todos estivermos vacinados ou, pelo menos, 70% da população, atingindo-se a imunidade de grupo".
"É essencial que cada um aguarde serenamente pela sua vez para ser vacinado", lembrou com a indicação de que a convocatória para tomar a vacina chegará através de SMS ou carta.

Costa elogia mobilização dos setores privado e social da saúde no combate à epidemia
O primeiro-ministro afirmou que uma coisa é a agitação do debate político e outra é a realidade, elogiando o trabalho conjunto do Serviço Nacional de Saúde e setores privado e social no combate à covid-19.
"Quero aqui deixar uma palavra de agradecimento, porque uma coisa é a agitação do debate político e outra coisa é a realidade. Desde março temos estado em contacto, temos trabalhado juntos, e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e os hospitais privados e do setor social, ou das Forças Armadas, têm estado mobilizados sempre que necessário para responder a esta situação de pandemia", sustentou o líder do executivo.
Falando depois de breves discursos proferidos pelo presidente do conselho de administração do grupo CUF, Salvador de Mello, e da ministra da Saúde, António Costa salientou que o país vive o momento mais crítico no combate à epidemia, sendo também "o momento em que essa colaboração entre setores mais se revelou necessária e, igualmente, mais efetiva se demonstrou".
"Temos 53 acordos em todo o país com instituições dos setores privado e social, 13 dos quais, especificamente, para tratamento de doentes covid-19. No momento em que cada cama é absolutamente essencial, a existência de mais 300 camas disponibilizadas pelo setor privado no seu conjunto é muito importante", frisou o líder do executivo.
O primeiro-ministro apontou ainda que haverá mais 700 camas disponibilizadas pelo setor privado, reforçando "um conjunto de convenções" para o atendimento de doentes não covid-19 que necessitam de tratamento.
