O epidemiologista Henrique Barros, do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, defende que as escolas devem ter um papel relevante na monitorização da pandemia. Na reunião no Infarmed, os especialistas alertam para o aumento da infeção nas crianças entre os zero e os nove anos, nas regiões do Grande Porto e da Grande Lisboa.
A abertura das escolas fez aumentar o número de casos de covid-19 em crianças abaixo dos nove anos. O crescimento coincide com a retoma do ensino presencial. É uma inversão de tendência, visto que quase todos os grupos registam uma redução assinalável.
Por causa destas subidas, o epidemiologista Henrique Barros, defendeu que se deveria escolher escolas para funcionarem como “estruturas sentinela”, de forma a aumentar a vigilância e o conhecimento deste fenómeno.
Mesmo assim, o especialista relativiza a tendência de crescimento da infeção entre os jovens. Lembra ainda que o cerco vacinal dos mais velhos para os mais novos deixa os mais jovens mais suscetíveis para a circulação do vírus.
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