O PCP vai voltar a votar contra a renovação do estado de emergência. No final do encontro com o Presidente da República, Jerónimo de Sousa apelou à vacinação e disse que o encerramento das atividades não pode ser a solução do Governo.
Jerónimo de Sousa insistiu que o estado de emergência, desde o ano passado, "apenas tem servido para impor restrições à mobilidade dos portugueses" ou à atividade de milhares de "micro, pequenas e médias empresas".
Defendeu que Portugal "necessita de medidas de prevenção e contenção do vírus" e insistiu nas "reservas que têm motivado" o "distanciamento" do partido "em relação ao estado de emergência", antecipando a manutenção do voto contra na quarta-feira, na renovação do decreto, na Assembleia da República, em Lisboa.
Nos últimos meses, o PCP tem votado contra a renovação do estado de exceção, que tem passado no parlamento com os votos a favor do PS e PSD.
A opção, afirmou ainda, "não pode ser insistir o fecho de atividades", no "condicionamento da vida social", disse ainda, sintetizando a posição na frase: "A opção não pode ser 'confina, desconfina e volta a confinar'."
O secretário-geral enumerou medidas urgentes para fazer face à crise pandémica, já previstas no Orçamento do Estado, no qual o PCP ajudou a viabilizar pela abstenção e criticou os atrasos do Governo na tomada de medidas.
"É com preocupação que verificamos que a grande maioria dessas propostas dirigidas ao reforço do SNS ainda não tiveram concretização, nomeadamente o reforço da estrutura de saúde pública fundamental para o excito do combate à covid", afirmou.
Jerónimo de Sousa insistiu, depois da reunião de hoje do PCP com o Presidente da República, sobre a renovação do estado de emergência, no cumprimento do plano de vacinação.
E a estratégia que os comunistas defendem passa por fazer uma "testagem massiva", com "prioridades rigorosas", o "rastreio de novos casos e contactos", com o "reforço dos profissionais da estrutura de saúde pública", e a "garantia de vacinação rápida para todos".
A vacinação, afirmou, "é a solução mais sólida para resolver o problema a prazo", e, mais uma vez, a exemplo do que tem feito nos últimos três meses, insistiu na "diversificação das vacinas", libertando o país dos acordos que os grandes laboratórios têm com a União Europeia.
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