Coronavírus

Covid-19. Epidemiologista avisa que linha vermelha não foi pensada para aplicar aos concelhos

Manuel Carmo Gomes explica que "a matriz de risco é uma espécie de GPS na qual não faz sentido mexer".

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O epidemiologista Manuel Carmo Gomes diz ser possível alterar as linhas vermelhas, mas adverte que a matriz de risco foi criada a nível nacional. Relaxar esse limite pode significar 1700 casos por dia.

"Se pensarmos no país querer aliviar, relaxar, mais essa linha vermelha significa ter mais 1700 casos por dia e é preciso ter uma avaliação do impacto que isso tem a todos os níveis", avisa Manuel Carmo Gomes em entrevista à Edição da Tarde.

Governo decide manter atual matriz de risco

No Conselho de Ministros de quarta-feira, o Governo decidiu manter a atual matriz de risco, mas vai passar a diferenciar os territórios de baixa densidade populacional, em relação aos restantes, que só recuam no desconfinamento se excederem o dobro do limiar de risco atualmente fixado.

O Governo esteve num impasse: por um lado os especialistas propuseram manter a matriz de risco, por outro o Presidente da República e o bastonário da Ordem dos Médicos a defenderem que a matriz devia ser aligeirada.

Portugal pode vir a atingir os 120 casos por 100 mil habitantes dentro de dois meses

Os dados mais recentes um índice de transmissibilidade R(t) de 1,07 e a taxa de incidência de casos de infeção por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias é de 66,4, significa isto que Portugal está a aproximar-se da zona de risco.

Neste momento, Lisboa é a zona do país que mais preocupa. Os casos de covid-19 estão a subir entre a população mais jovem, que tem entre 20 e 40 anos.

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