Dois estudos publicados recentemente e realizados no Reino Unido mostram que a variante Delta, conhecida como variante indiana e que já é dominante em Inglaterra, parece ser menos resistente às vacinas.
Os artigos, publicados na revista científica The Lancet e na Public Health England, apontam para uma proteção de 79% contra a variante Delta, no caso da vacina da Pfizer/BioNTech, e de 60% com o fármaco da Oxford/AstraZeneca.
Quando comparados com os resultados obtidos contra a variante Alpha, originalmente chamada de variante inglesa, verifica-se uma redução significativa da proteção: com a Pfizer/BioNTech é de 92% e com Oxford/AstraZeneca é de 73%.
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O investigador do Instituto de Medicina Molecular, Miguel Castanho, explica que as vacinas "foram desenvolvidas quando eram dominantes outras variantes do vírus e a proteína S que é apresentada ao sistema imunitário não é exatamente igual à proteína S desta variante Delta. E como o anticorpo, de facto, era ótimo para outra versão da proteína, ele acaba por não se ligar tão bem à proteína destes vírus e tem uma eficácia menor".
Mas a informação divulgada nestas duas publicações aponta também para dados animadores. Tanto a vacina da Pfizer/BioNTech como a da Oxford/AstraZeneca mantêm uma eficácia elevada contra formas graves da doença. Evitam em mais de 90% as hospitalizações.