A previsão é do Centro de Prevenção e Controlo das Doenças: a variante Delta do coronavírus vai dominar a Europa. Até finais de agosto, representará 90% das novas infeções. Por todo o mundo, a mutação provocou já novos surtos. Acionou restrições à circulação.
Em França, 10% dos novos casos de covid-19 são já provocados pela variante Delta. A previsão é que a última variante conhecida do SARS-Cov-2 seja dominante em toda a Europa já nos próximos dois meses.
Na Índia, onde surgiu a variante, circula já outra mutação, - a Delta Plus - e em Mumbai, a capital económica, há agora a preocupação de evitar o pior.
Também na China, as autoridades acionaram restrições previstas. Proibiram os voos entre a capital Pequim e a província de Shenzhen após um surto com origem nas variantes Delta.
Nos Estados Unidos, esta mutação do vírus é já considerada como ameaça maior aos ainda não vacinados contra a covid-19.
Na Austrália, estão proibidas as entradas e saídas não essenciais de Sydney. Voltaram as limitações à frequência de bares e restaurantes e a visitas familiares. Na origem das medidas, estão dezenas de novas infeções também pela variante Delta Plus.
Um turista australiano infetado acionou o plano de contingência anticovid na vizinha Nova Zelândia. No país da tolerância zero e estratégia de eliminação total do vírus, o Governo recuperou de imediato a quarentena para viajantes não testados e vacinados e outras ações de contenção sanitária na capital Wellington.
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