Coronavírus

Fenprof lamenta que escolas não possam decidir número de alunos por turma

Mário Nogueira alerta para a importância do distanciamento dentro das salas de aula.

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A Fenprof lamenta que as escolas não possam decidir o número de alunos por turma.

Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, diz que "do ponto de vista pedagógico o número ideal são no máximo 20 alunos", mas depois há que "ter em conta o distanciamento físico", alerta.

As regras para o novo ano letivo

A Direção-Geral da Saúde publicou esta terça-feira as normas para o controlo da transmissão de covid-19 em contexto escolar no novo ano letivo.

As escolas vão ter regras mais flexíveis em caso de isolamento profilático, mas o uso da máscara mantem-se obrigatório a partir do 2.º ciclo e vão realizar-se rastreios no início do ano.

Perante o documento referencial que só agora foi enviado para as escolas, os diretores falam de pequenas mudanças e dizem-se preparados.

Utilização de máscara:

• Qualquer pessoa com 10 ou mais anos e, no caso dos alunos a partir do 2.º ciclo do ensino básico, independentemente da idade, deve utilizar máscara;

• No caso das crianças que frequentam o 1.º ciclo do ensino básico, a utilização de máscara é fortemente recomendada;

• A utilização de máscara deve ser sempre adaptada à situação clínica, mediante avaliação caso-a-caso pelo médico assistente.

TESTAGEM:

Os alunos a partir do 3.º ciclo do ensino básico, professores e funcionários vão ser testados nas primeiras semanas do ano letivo, de "forma a quebrar eventuais cadeias de transmissão", refere a autoridade nacional de saúde.

A testagem irá decorrer em três fases: a Fase 1 corresponderá ao pessoal docente e não docente; a Fase 2 aos alunos do ensino secundário; e a Fase 3 aos alunos do 3.º ciclo do ensino básico.

Podem ainda ser realizados testes de acordo com a evolução da situação epidemiológica. Além de medidas individuais, as Autoridades de Saúde podem determinar medidas coletivas, preconizando-se que o encerramento de qualquer estabelecimento só deve ser ponderado em situações de elevado risco.

Novas orientações para escolas pretendem evitar que turmas inteiras fiquem em isolamento profilático

As orientações sobre isolamento profilático de contactos de baixo risco vão ser mais flexíveis no próximo ano letivo, segundo o novo referencial da Direção-Geral da Saúde (DGS).

No âmbito das medidas para as escolas de combate à pandemia de covid-19, no próximo ano letivo, turmas inteiras já não vão ser obrigadas a ficar em casa durante duas semanas sempre que seja detetado um caso positivo, como aconteceu a partir de abril, quando a DGS reviu o protocolo de atuação para essas situações.

As orientações foram agora revistas, a duas semanas do início das aulas, e vão ser mais flexíveis, uma vez que os contactos considerados de baixo risco ou que testem negativo devem regressar à escola.

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, diz que as novas orientações para as escolas têm como objetivo evitar que turmas inteiras fiquem em isolamento profilático.

No entanto, segundo o referencial publicado na página da DGS, em situação de ‘cluster’ ou surto, as autoridades de saúde podem determinar o encerramento de uma ou mais turmas ou zonas da escola, ou de todo o estabelecimento de ensino.

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