Com o país prestes a entrar na última fase de desconfinamento, espera-se luz verde da parte do Governo para o levantamento da maioria das medidas de restrição.
Bares e discotecas foram dos negócios mais afetados pela pandemia, e agora aguardam com expetativa as regras para poderem reabrir as portas.
Segundo a Associação Nacional de Discotecas, estima-se que mais de metade dos espaços de diversão noturna não terão condições financeiras para reabrir.
O setor continua sem indicações de como irá ser este processo. Entre as principais dúvidas, está o limite na lotação e o funcionamento das pistas de dança.
"Podemos comparar uma pista de dança a um autocarro em hora de ponta. A diferença é muito pouca. Porque se me disserem que as pessoas para dançar têm de utilizar máscara, eu aceito perfeitamente essa condição. Portanto, nesse aspeto, a nível de lotação não faz sentido haver restrições", diz José Gouveia, da Associação Nacional de Discotecas.
De acordo com a associação, os espaços estão preparados para limitar a entrada a clientes que apresentem o certificado de vacinação ou que tenham um teste negativo à covid-19.
No entanto, há também quem tenha uma opinião diferente.
No setor da restauração, o avanço no processo de desconfinamento deveria significar o fim de algumas regras.
"Acabar com os certificados, porque não faz sentido nenhum. Só há certificados ao fim-de-semana e durante a semana não há. E o IVA. Acho que deviam diminuir o IVA durante uns tempos para nós conseguirmos equilibrar as nossas finanças", defende Sónia Neves, empresária de restauração.
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