O setor da educação concorda com o adiamento do segundo período escolar, mas diz que faltou ao primeiro-ministro anunciar medidas.
Testagem massiva da comunidade escolar e prioridade na dose de reforço da vacina contra a covid-19 para professores foram dois assuntos que a comunicação do Governo não previu.
João Dias da Silva, da FNE, e Mário Nogueira, da Fenprof, consideram que a comunidade escolar devia ser testada com frequência.
Os sindicatos concordam com o adiamento do segundo período por uma semana, tal como a Confederação das Associações de Pais, que diz que é necessária solução para filhos de profissões essenciais.
Quanto à vacinação de crianças entre os 5 e os 11 anos de idade, Jorge Ascenção, da Confederação das Associações de Pais, defende que, se avançar, que seja quando a escola está fechada.
Aulas recomeçam a 10 de janeiro
As aulas vão recomeçar a 10 de janeiro depois das férias do Natal para conter o aumento do número de casos de covid-19.
"Introduzimos uma ligeira alteração no calendário escolar, adiando a reabertura do início do segundo período para o dia 10 de janeiro", disse António Costa na conferência de imprensa do final da reunião do Conselho de Ministros no qual foram decididas novas medidas para combater a pandemia.
O primeiro-ministro adiantou que estes cinco dias vão ser recompensados "com a redução de dois dias da interrupção do Carnaval e de três dias da interrupção na Páscoa".
O chefe do Governo explicou ainda que esta "semana de contenção, de 2 a 9 de janeiro, visa assegurar que depois de um período de intenso contacto e convívio familiar se evite o cruzamento de pessoas de diferentes agregados familiares".
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