A OMS diz que a nova variante, a Ómicron, representa um risco global muito elevado.
José Artur Paiva, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de São João, em entrevista à SIC Notícias, explica que existe alguma "evidência que a transmissibilidade desta variante é mais elevada". Para o médico, a "principal mensagem" que se pode retirar é que "há uma probabilidade da transmissibilidade aumentar" e que a "disseminação à escala planetária é inevitável e uma fatalidade".
Em Portugal foram identificados 13 casos desta nova variante entre jogadores e equipa técnica da Belenenses SAD. José Artur Paiva reitera a importância da aceleração do reforço vacinal e lembra que esta nova variante é um "excelente estímulo" para uma adesão massiva.
Quanto aos sintomas, por agora, parecem ser praticamente os mesmos, mas pode haver algumas diferenças. Os dados preliminares que já existem indicam ainda que a probabilidade de reinfeção é "maior com esta variante", esclarece o diretor do serviço de Medicina Intensiva.
O médico intensivista esclarece ainda que se a taxa de adesão à dose de reforço "for superior a 90%" irá haver um aumento de internamento em medicina intensiva, mas "não ultrapassará os 225-250 no pico" desta vaga "previsto para o final de janeiro, início de fevereiro". Se a taxa de adesão à vacina for menor, haverá "cada vez mais casos" nomeadamente em cuidados intensivos.
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