Um médico que estava a trabalhar no Hospital Garcia de Orta nos serviços de pediatria e consultas externas de pediatria testou positivo à variante Ómicron, da covid-19. Tendo estado em contacto direto com 28 profissionais de saúde e 46 utentes, o hospital decidiu encerrar estes serviços durante duas semanas por precaução. O presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos considera a medida excessiva e defende que as autoridades de saúde deviam implementar "normas claras".
Valentim Lourenço avisa que "não podemos estar ao sabor do vento e encerrar serviços" cada vez que surge "o mínimo de profissional de saúde infetado". Sublinha o período de inverno que se avizinha e que proporciona um fluxo maior às urgências.
No início da pandemia o encerramento seria justificável, mas considerando a taxa de vacinação nestes profissionais de saúde, que já começaram a receber a terceira dose, Valentim Lourenço afirma que "não aprendemos nada e não temos normas claras quanto aos contactos entre vacinados e entre não vacinados".
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO HOSPITAL: "MEDIDA NÃO FOI EXCESSIVA"
O presidente do Conselho de Administração do Hospital, Luís Amaro, não considera a medida excessiva e relembra que se trata de uma indicação da Direção-Geral da Saúde.
Luís Amaro adianta que o último contacto do infetado foi realizado a 25 de novembro, sendo que esteve a desempanhar funções nos dois serviços que foram encerrados.
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